"Os números justificam que é preciso apostar em campanhas de sensibilização e que é necessário a implementação de um rastreio nacional junto dos portugueses com mais de 50 anos", defende Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal – Associação de Luta contra o Cancro do Intestino.
Com mais de seis mil novos casos por ano e uma taxa de mortalidade próxima dos 50%, "o cancro colo rectal, mata mais do que os acidentes de viação e pode ter mais prevenção", sublinha o gastrenterologista Moreira Dias.
O trabalho de investigação da ForPoint, Europacolon e do Grupo de Investigação do Cancro Digestivo sobre a incidência e prevalência do cancro colo rectal em Portugal mostra que 44% dos mais de 10 mil doentes abrangidos eram do sexo masculino, com uma idade média de 62 anos.
Em 49% dos casos o diagnóstico foi efectuado pelo clínico geral, enquanto os médicos especialistas detectaram 31% dos casos e as urgências 21%.
Dezanove em cada 100 casos surgiram em exames de rotina não específicos para esta doença, sem qualquer tipo de sintoma.
Como principais sintomas, os doentes referem a presença de sangue nas fezes (62%), mal-estar geral (46%), diarreia (25%, obstipação (23%) e anorexia (17%).
O cancro colo rectal, o segundo de maior incidência na Europa e também o segundo de maior incidência e mortalidade em Portugal, mata uma pessoa a cada minuto no mundo. As estatísticas globais da doença mostram, também, que a cada 30 segundos surge um novo caso.
Relativamente ao cancro do estômago, o segundo tumor digestivo que mais mata em Portugal, a taxa de incidência está a diminuir, acompanhando a tendência dos países mais desenvolvidos. O Norte duplica a média das regiões Centro e Sul, com 45 novos casos por 100 mil homens e 22 novos casos por 100 mil mulheres. A dieta alimentar, caracterizada por mais salgados e fumados, será uma das explicações para a incidência da doença no Norte.Números do cancro digestivo em Portugal
- Cólon e recto: 3.000 mortes /ano
- Estômago: 2.700 mortes/ano
- Fígado: 638 mortes/ano
- Pâncreas: 886 mortes/ ano
- Esófago: 510 mortes/ano
- Estômago: 2.700 mortes/ano
- Fígado: 638 mortes/ano
- Pâncreas: 886 mortes/ ano
- Esófago: 510 mortes/ano
(Fonte: Europacolon 05/08/2012)
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