Falar ou escrever sobre o contexto social de Portugal, neste momento é muito complicado, muito mesmo! Fala-se mais uma vez nos “cortes”, reduções, não falo de saldos e promoções, que não são de mérito mas quem não aguenta são os corações de quem já está num pré empanturramento do miocárdio! Muito se fala da robustez do nosso sistema de saúde e da condição social dos “tugas”, que me desculpem são os que me inquietam mais, não só como Assistente Social mas, também como cidadão.
Sentimos na nossa alma, políticas em nada são exequíveis do ponto de vista
do respeito e dignidade do cidadão, do ser humano, do recém-nascido, do adolescente,
do adulto ou do idoso como queiram considerar.
Medidas que em tudo colocam em causa a recuperação já de si lenta deste
país.
No campo da saúde sentimos cada vez mais o esvaziar do sistema público em
detrimento do sistema privado, levando a que cada vez mais doentes, já de si
debilitados fisicamente sejam confrontados com facturas insuportáveis
obrigando-os a “desistir” dos tratamentos.
Fala-se da dificuldade e numero reduzido dos profissionais de saúde,
médicos, enfermeiros, etc., parem por favor, ainda não vi este ou outro Governo
mencionar a importância social e profissional do Assistente Social e a sua
ausência no tal plano de recuperação da Troika.
Vejam o que se passa em determinados hospitais e/ou agrupamentos de saúde,
vejam quantos profissionais de saúde, Assistente Sociais estão arrumados nas
prateleiras porque não pactuaram com as novas politicas da Troika ou com os
Conselhos de Administração, sendo remetidos ao esvaziamento de funções ou aos
grandes lobbys principalmente o Espanhol dos Espanhóis que sorrateiramente têm
invadido os hospitais em Portugal, não que exista falta mas, pela compadrice
mas sim porque convém a alguns “responsáveis” da saúde em Portugal.
Vítor Bento Munhão
Assistente Social