domingo, 26 de abril de 2015

ASSISTENTE SOCIAL, A ORDEM E AS POLITICAS DO DESINTERESSE

ASSISTENTE SOCIAL, A ORDEM E AS POLITICAS DO DESINTERESSE
Vitor Bento Munhão - Assistente Social
 
15 Anos de cavaqueira, papeis, estudos, troikas e prometimentos vãos entre outras coisas triviais que continuam a impedir a regulação da profissão. Afinal qual é o impedimento, qual a razão para que os astuciosos tenham tanto medo que exista uma regulamentação desta profissão. Tantas promessas mas, quando chega o momento de avocar a responsabilidade, nada! Apenas o silêncio de todos os partidos políticos sejam eles de esquerda, centro ou de direita.
 
Em abono da verdade e ela tem que ser dita o único partido politico que assumiu de facto e publicamente ou junto da Associação dos profissionais de Serviço Social foi o CDS/PP que em conjunto com o PSD construiu um documento substanciando a necessidade da regulamentação e sua intenção na tomada de iniciativa parlamentar, o que aconteceu? Nada, ficámos pelas intenções. Certo é que o processo nunca esteve a este nível mas, se levamos 15 anos para chegar onde chegámos, arrisco-me a pensar que mais 15 e chegamos lá!
 
Saíram as Ordens dos Dietistas e Nutricionistas, dos Engenheiros e companhia limitada em 2013, a dos Fisioterapeutas já estacionou no parque da Assembleia da Republica, na 2 circular e já na saída para o Campo Grande a dos Gerontólogos, porque a dos Podologistas já começou a subir a escadaria da Assembleia da Republica, dos Assistentes Sociais julgo que estamos ainda para os lados da A1 na zona de Aveiras! Óbvio que será uma ordem que politicamente não convém a alguns senhores políticos, seria um incómodo para as estratégias do caritatismo e assistencialismo que alguns defendem, porque os pobrezinhos não podem acabar!
 
Observo Colegas Assistentes Sociais que ocupam lugares de destaque de onde poderiam movimentar-se e levar este assunto até ao final mas, a disciplina de voto não o permite, logo pergunto, afinal de contas o que fazem por lá?
Estranho ou talvez não, tantos comentários baralhados, descontextualizados e acima de tudo de quem nada fez a não ser criticar “desorientadamente” nas famosas redes sociais ao ponto das unhas dos pés encaracolarem de tanta crueza e ignorância. Leio anotações obscenas e completamente destruturados de quem nenhuma posição ou acção tomou quando foi necessário.
 
Pergunto, se não existissem as redes sociais, onde escreviam as suas “críticas”? Por carta? Ou Telegrama? Caros (as) colegas independentemente do vinculo laboral de cada um e sei que a maioria têm vinculo precário, devemos tomar não só posições construtivas mas coerentes porque estamos a dar força e a cair no ridículo aos olhos de quem e de forma subtil tem monopolizado as posições que são da competência do Serviço Social.
 
Em vez de criticarem movimentem-se pela ordem e não pela desordem. Denunciem as questões que vos preocupam junto da Associação independentemente de pagarem ou não as quotas mas, denunciem as ilegalidades e aplaudam as legalidades, ajudem a profissão e não destruam a sua essência. Sejam Assistentes Sociais, Humanos e não Robots. Respeitem as regras e o objectivo do serviço social.
 
Até breve, espero eu!
 

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