Celeumas diárias sobre o Serviço Social e as actuais “divagações” sobre o
que é e de onde vem. Ciências Sociais e a sua aplicabilidade na profissão,
quando se defende o Serviço Social como ciência teórica e prática. Se defendemos
uma profissão que não deve ser ocupada por terceiros, como é que se defende uma
instrução centrada numa formação universitária generalizada, isto é, aceitamos
a apreciação de Ciências Sociais, como ponto de impulso. Estranho, das duas
uma, ou não percebo nada, talvez o mais certo ou então andamos a (re) inventar o
conceito da “roda”. Do meu ponto de vista o Serviço Social deve ser observado como
um trabalho que obrigatoriamente deve beber o saber não só teórico e especifico
mas também prático de forma a tornar possível a mutação da sua acção no terreno,
reforçando inequivocamente o factor do Saber e da Experiencia sustentada na Prática.
Ser ou não Mestrado integrado, poderá ser irrelevante ou não, considerar
mais dois anos de pura teoria para a execução das boas práticas no terreno. No
entanto deixo claro que poderá ser sempre uma mais-valia em determinadas áreas
de estudo, que a meu ver podem carecer de maior conhecimento teórico e de maior
profundidade.
Quanto ao conceito implementado por “Bolonha”, Pré, Durante e Pós, como o
considerarem aqui devemos tecer com muita coerência algumas apreciações, para
não darmos tiros nos pés, quero dizer com isto que não é por mais ou menos anos
de formação académica que devemos avaliar a excelência ou não da aprendizagem no
campo académico se, continuarmos sempre a utilizar os campos de estágio
habituais onde se estuda mediante o que é “fashion”
e não pela sua vocação mas, também por nos recusamos a aceitar os novos
desafios sociais que nos são imputados pela nova realidade ou não aceitarmos
que existem bons e menos bons profissionais de Serviço Social.
Neste ultimo ponto devemos observar que Assistentes Sociais com cinco anos
de formação e outros com menos mas, que sustentam o exercício da sua profissão
na experiencia pessoal e académica, deve ser aceite e respeitada se demonstram humildade
e altivez “qb”, participação activa e se o fazem não só com profissionalismo, dignidade
mas, acima de tudo com Respeito pelo Objectivo Profissional e Social do Serviço
Social.
Apesar deste meu pensamento ressalvo que não sou de forma alguma a favor
pela constituição do Decreto-lei nº 43/2014 que regulamenta os Cursos para Técnicos
Superiores Profissionais em que e admito que três anos reduzem de alguma forma
o nível de aprendizagem teórica, imaginem em dois anos! Para os colegas que têm
estado mais ocupados, deixo um exemplo entre muitos, que do meu ponto de vista reflecte bem a
preocupação de outras profissões em “ocupar” a profissão do Assistente Social,
como é o caso do Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior de Saúde,
onde mais uma vez o campo da Enfermagem e Saúde, com os devidos respeitos, tenta ocupar
o lugar destinado ao Assistente Social. Felizmente este foi um dos cursos
REPROVADOS pela DGES.
Espero futuramente não entrar num hipermercado da minha zona e encontrar
numa prateleira perto das garrafas de Sumersby ou dos amendoins, pacotes em promoção tipo, “Licenciaturas
na Hora”…(…) compre um pacote de Serviço Social e
levante na Caixa o seu talão com o Dr.(…)
Sem comentários:
Enviar um comentário