terça-feira, 14 de julho de 2015

ASSISTENTE SOCIAL E O SERVIÇO SOCIAL - O (DES) RECONHECIMENTO PROFISSIONAL E DA CLASSE

Vítor Bento Munhão
Assistente Social – Social Consultant Team

(In) disposição Pessoal e Colectiva, Rebelião Profissional e Pessoal!  
Temos que assumir de uma vez por todas que a situação actual da profissão desnorteia-nos por completo, condição que favorece outras profissões das ditas Ciências Sociais a tomarem o nosso lugar. Talvez até tenham a sua razão por uma questão de oportunidade provocada pela desorganização do Serviço Social.
Falamos no associativismo sindical e outros mas, a condição socioeconómica da classe não é das mais favoráveis ao pagamento mensal ou anual de uma quota para um sindicato ou uma associação. Situação que todos sabemos não permitir uma actuação séria e continuada por parte das entidades representativas por muito esforço que seja feito, não existem milagres.
Não havendo uma condição financeira minimamente confortável nas instituições, afirmo que a mobilidade dos seus representantes está comprometida colocando em causa o contacto institucional e pessoal junto dos profissionais de serviço social.
Neste ponto deparamo-nos com um paradoxo, financeiramente não tenho condições para pagar quotas mas, necessito de representatividade e defesa dos meus interesses profissionais”.
Toda esta “indisponibilidade” financeira por parte da classe leva com certeza a um “estrangulamento” e inibição da tal mobilidade associativa por parte da APSS e do SNAS por força das dificuldades financeiras que são provocadas.
São óbvias e claras as dificuldades vividas pelos profissionais da classe ainda mais quando nos candidatamos ao CEI ou ao RSI e estamos na frente de profissionais com outras competências, tendo nós o conhecimento de que deveria ser o AS a ocupar aquele lugar. É desmotivador e acima de tudo frustrante! Plano A? A ORDEM DOS ASSISTENTES SOCIAIS! Então e se não conseguimos que a OAS saia? Plano B, GREVE?
Muitos se interrogam e uma GREVE? A minha resposta a essa questão passa, por afirmar, se o AS faz greve, logo a entidade patronal não paga, a esmagadora maioria dessas entidades são IPSS´S que em grande parte nem pagam pela tabela e se o AS assume a greve no dia seguinte tem outro profissional no seu lugar, complicado! No entanto nada como “testar” de facto a força da classe e a sua importância na sociedade, GREVE? Quem sabe seja um caminho a explorar, difícil? Muito! O resultado? Uma incógnita mas, com certeza um levantar da auto-estima e moral das tropas! Com certeza que todos temos conhecimento que uma GREVE acarreta sempre prejuízo para alguém, no nosso caso e em grande relevo será sempre a Pessoa, o Grupo ou Comunidade!
Os tempos de negociações ditas de desenvolvimento, já foram gasto e sem ganho, fomos gozados por alguns partidos politicos, sem dúvida alguma.
Cada um de nós tem uma costela reivindicativa que pode muito bem disponibilizar em prol da Classe, motivando o AS a seu lado.
Passamos actualmente momentos sem caracterização profissional, momentos árduas, polémicos e sem qualquer sentido de responsabilidade partidária que seja credível e que nos faça acreditar mas, tudo depende de nós, Os e As Assistentes Sociais!
A preferência representativa de cada profissional a ele respeita no entanto não podem alhear-se aos movimentos da APSS e do SNAS que na minha opinião devem continuar INDEPENDENTES, só assim podem motivar e reforçar a credibilidade reivindicativa dos seus associados e não só!

Sem comentários:

Enviar um comentário

OPINANDO A (DES)AUTORIDADE DO AGENTE DA PSP

  Após a chamada telefónica assisti, não só celeridade na chegada, profissionalismo na abordagem quer com a minha pessoa quer com a pessoa l...