Vítor Bento
Munhão
Assistente
Social – Social Consultant Team
(In) disposição Pessoal e Colectiva, Rebelião Profissional e Pessoal!
Temos que assumir de uma vez por todas que a situação actual da
profissão desnorteia-nos por completo, condição que favorece outras profissões
das ditas Ciências Sociais a tomarem o nosso lugar. Talvez até tenham a sua
razão por uma questão de oportunidade provocada pela desorganização do Serviço
Social.
Falamos no associativismo sindical e outros mas, a condição socioeconómica
da classe não é das mais favoráveis ao pagamento mensal ou anual de uma quota
para um sindicato ou uma associação. Situação que todos sabemos não permitir
uma actuação séria e continuada por parte das entidades representativas por
muito esforço que seja feito, não existem milagres.
Não havendo uma condição financeira minimamente confortável nas
instituições, afirmo que a mobilidade dos seus representantes está comprometida
colocando em causa o contacto institucional e pessoal junto dos profissionais
de serviço social.
Neste ponto deparamo-nos com um paradoxo, financeiramente não tenho condições para pagar quotas mas, necessito
de representatividade e defesa dos meus interesses profissionais”.
Toda esta “indisponibilidade” financeira por parte da classe leva com
certeza a um “estrangulamento” e inibição da tal mobilidade associativa por
parte da APSS e do SNAS por força das dificuldades financeiras que são provocadas.
São óbvias e claras as dificuldades vividas pelos profissionais da
classe ainda mais quando nos candidatamos ao CEI ou ao RSI e estamos na frente
de profissionais com outras competências, tendo nós o conhecimento de que
deveria ser o AS a ocupar aquele lugar. É desmotivador e acima de tudo frustrante!
Plano A? A ORDEM DOS ASSISTENTES SOCIAIS! Então e se não conseguimos que a OAS
saia? Plano B, GREVE?
Muitos se interrogam e uma GREVE? A minha resposta a essa questão passa,
por afirmar, se o AS faz greve, logo a entidade patronal não paga, a esmagadora
maioria dessas entidades são IPSS´S que em grande parte nem pagam pela tabela e
se o AS assume a greve no dia seguinte tem outro profissional no seu lugar, complicado!
No entanto nada como “testar” de facto a força da classe e a sua importância na
sociedade, GREVE? Quem sabe seja um caminho a explorar, difícil? Muito! O
resultado? Uma incógnita mas, com certeza um levantar da auto-estima e moral
das tropas! Com certeza que todos temos conhecimento que uma GREVE acarreta
sempre prejuízo para alguém, no nosso caso e em grande relevo será sempre a
Pessoa, o Grupo ou Comunidade!
Os tempos de negociações ditas de desenvolvimento, já foram gasto e sem ganho,
fomos gozados por alguns partidos politicos, sem dúvida alguma.
Cada um de nós tem uma costela reivindicativa que pode muito bem
disponibilizar em prol da Classe, motivando o AS a seu lado.
Passamos actualmente momentos sem caracterização profissional, momentos árduas,
polémicos e sem qualquer sentido de responsabilidade partidária que seja credível
e que nos faça acreditar mas, tudo depende de nós, Os e As Assistentes Sociais!
A preferência representativa de cada profissional a ele respeita no
entanto não podem alhear-se aos movimentos da APSS e do SNAS que na minha
opinião devem continuar INDEPENDENTES, só assim podem motivar e reforçar a
credibilidade reivindicativa dos seus associados e não só!
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