sexta-feira, 17 de julho de 2015

SERVIÇO SOCIAL, AUDIÇÕES E O (DES) CONHECIMENTO PROPOSITADO

Vítor Bento Munhão - Assistente Social - Social Worker
Social Consultant Team
Membership of College of Social Work in UK - 155146 


Fala-se do Serviço Social como quem fala de “bacalhau com todos”, não me espantando absolutamente nada as observações absurdas de algumas entidades ditas conhecedoras e figurativas, como é o caso da CNOP que ainda hoje ninguém me explanou para que serve e quem beneficia!
Não existe felino neste país que não alvitre sobre o que é ser Assistente Social ou mais grave qual a definição de Serviço Social.
Ouvem-se políticos enunciarem comparativos como é o caso da Espanha, onde os colégios da profissão regulam, fala-se do Reino Unido onde apenas existe uma entidade reguladora das ciências sociais e afins onde se integra o Assistente Social, o HCPC pois o British College of Social Work fechou em Junho por falta de verbas e onde por acaso até sou membro, pagante. Discute-se o Conselho Federal Brasileiro do Serviço Social onde estão registados todos os profissionais e que é de longe a que mais se aproxima de uma ordem profissional das que mencionei. No entanto nenhum dos “dignos convidados” teve a leviandade de contactar ou procurar juntos destas entidades e principalmente junto da APSS qual a definição de Serviço Social, abriram a boca e pintaram a manta com a cumplicidade do Partido Social Democrata! Não vou imiscuir-me em questões partidárias caso contrário tinha-mos “pano para mangas” e ainda era acusado de ser extremista!
Está implícito o receio que alguns dos intervenientes mostram sobre a constituição da OAS, sendo que os mesmos desconhecem por completo e passo a citar, qual a (…) a assistência social que fazemos (…) ou que (…) devemos aprofundar mais as razões da OAS (…). Bem, do meu ponto de vista e com tanto aprofundamento qualquer dia formamos a Ordem na China! Mas, o que achei de todo mais interessante foi a discussão em sururu, se bem me faço entender, da cor das unhas ou quanto tinha custado o “gelinho”, tendo havido ainda tempo para tirar umas fotos aos presentes, ainda bem que me penteei e preocuparem-se com quem estava por parte da classe a assistir. Não tendo conhecimento sobre a decisão que irá acontecer no próximo dia 21, lamento dizer que, ainda acredito um bocadinho.
Não ouvi uma intervenção que me levasse a acreditar que estaríamos em “boas mãos”, nomeadamente quando se ouve, saliento que está gravado, (…) a APSS não quer integrar os licenciados em Politica Social (…), sendo falsa a informação prestada considero que é prova evidente da destabilização que está a acontecer para derrubar o processo da criação da OAS que, do meu ponto de vista é um acto de desespero por parte do Sr. Deputado do PSD que proferiu esta afirmação!
De facto o “medo” é de tal ordem que até dá horripilações na espinha.
Em Portugal estimam-se cerca de 17.000 assistentes sociais em que cerca de 30%, tal como tenho vindo a afirmar está no desemprego e mais de 60% trabalha em IPSS´s é lógico, acho eu, que o dito patronato se sinta melindrado, pois a OAS a surgir muita coisa iria mudar particularmente nas IPSS´s e em seguida nas Misericórdias, estas a contratar “encarregados” com o 12º ano e “conhecimentos” em Serviço Social.
Com todo este “dejavu”, até estou surpreendido por não terem convidado o futuro Bastonário da Ordem dos Gerontólogos ou dos Podólogos, de forma a tomarem de facto um conhecimento pluridisciplinar do que é o Serviço Social.
Soluções? A Resistência tem que sair para a rua, como tiveram os nossos colegas britânicos a coragem de o fazer nestes últimos dias.
 

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