Vitor Bento Munhão - Assistente Social / Social Consultant Team
Membership of College of Social Work in UK - 155146
Falar de Ostomia, do ponto de vista cultural,
obrigatoriamente O Assistente Social tem que pensar de forma ampla e aberta,
respeitando tradições e culturas individuais da pessoa ostomizada e o seu meio
envolvente.
O Assistente Social por natureza das suas capacidades e deveres
profissionais deve ser um Observador
de experiencia! No caso concreto da pessoa ostomizada, deve munir-se de todas
as ferramentas do conhecimento tradicional de forma a perceber a fundo QUEM
está na sua frente e como AJUDAR na melhoria da qualidade de vida dessa pessoa.
Perceber do ponto de vista cultural, laboral, económico e familiar de forma a
minimizar o impacto social provocado por uma ostomia de eliminação. Perceber a
mudança radical imposta ao ostomizado.
Ter o dispositivo médico adequado é “tão importante como alimento para a boca” mas, não é suficiente
para uma vida minimamente adequada a uma realidade que cada vez mais se observa
mais complexa na sua adaptabilidade cultural e nos novos pensamentos da
sociedade global. O Assistente Social em cada caso e de forma a perceber melhor
deve harmonizar o seu pensamento à cultura individual de cada individuo e sua família,
pois cada caso é um caso e nenhum é igual, vos garanto!
Geograficamente falando, a cultura Portuguesa sustenta-se
numa pluralidade de hábitos e costumanças que diferem quase a cada quilómetro quando
viajamos pelo país e onde muitas vezes se misturam rotinas que transformam por
completo a vida de cada um de nós, a pessoa ostomizada, muito mais por força da
sua condição clinica. Obrigando-o a alterar em muitos casos hábitos seculares,
nomeadamente ao nível alimentar e do vestuário.
Quando falamos do ponto de vista cultural, o Assistente
Social deve abarcar um pensamento pluricultural e que está perante um individuo
na faixa etária dos 65 anos/média, a quem e sem opção foi alterada o seu semblante,
levando-o a ele e sua família a (re) adaptarem-se por completo a uma nova vida
que e em muitos casos o forçam a alterar os seus rituais culturais.
Como por exemplo a dificuldade em realizar uma demorada viagem
de carro ou transportes públicos de sul para norte para participar nos momentos
de festa e peregrinações da sua terra natal onde a ausência do seu espaço para
a sua higiene pessoal, em especial para a troca do saco está ausente.
Em suma o Assistente Social quando colabora profissionalmente
com esta pessoa e a sua condição física, deve munir-se de conhecimento geral de
forma a perceber CULTURALMENTE como lidar com a pessoa ostomizada e qual o impacto
da ostomia no meio familiar!
Em Portugal a pessoa Ostomizada não é vista pela sua
condição física e/ou cultural, simplesmente é tecnicizada como tantas outras situações
físicas e sociais!
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