Vitor Bento Munhão - Assistente Social
Perspectivas contrastadas na opinião dos profissionais e
que cada vez mais demonstram o desânimo e desmotivação provocado pelo
desinteresse dos governantes no reconhecimento da regulamentação da classe. Tornando
cada vez mais provocatório a actuação de alguns profissionais que se assumem como
Assistentes Sociais, sem o serem! É fácil concluir que, das duas uma ou muitos
sonham num futuro profissional como Assistentes Sociais ou não acreditam nas
suas licenciaturas, o que ainda acho mais grave.
Cada vez mais renovada, fruto da ausência de
regulamentação, muitos assinam um diagnóstico social ou fazem um encaminhamento
assumindo-se como ASSISTENTE SOCIAL, como se de um mero acto de atender o telemóvel
se trata-se.
É estranho os governantes, em especial a actual Aliança que
chumbaram a constituição da OAS continuarem a observar de balcão a promoção da desordem
profissional, motivando o desrespeito pela profissão e pelo profissional de
serviço social, remetendo-o a uma insignificância assustadora, junto do público-alvo,
o cidadão. Não podemos continuar a ignorar a miscelânea de competências que
nada têm a ver com a acção do AS, profissões criadas com um propósito muito específico,
rentabilizar escolas com ideias em nada dignificantes. Profissões que agarraram
com unhas e dentes a área do serviço social, como é o caso da Enfermagem
Social, Psicologia Social entre outras, onde se imiscuem com uma preparação académica
mínima e algumas sem qualquer fundamento ou conhecimento real da actuação no
terreno.
Situação que obrigatoriamente temos que perceber a percentagem
da (des) empregabilidade da profissão que cada vez mais aumenta, constituindo-se
como razões mais que obvias e contraditórias da veracidade invocada pelos
governantes quando vez se observa uma contenda de números que em nada são
reais. Brinca-se com os números, encomendam-se estatísticas que desumanizando o
serviço social, transportando-o para o patamar do surreal.
É gritante quando oiço cada vez mais os colegas de
profissão que aguardam a derradeira carta de despedimento para serem permutados
por (in) competências académicas legalizadas por lobbys constituídos por quem
deveria ensinar a arte do Social ou pela regência que deveria regulamentar a
profissão para defesa da pessoa, do cidadão ou, dirigentes institucionais que
numa total insipiência intencional remetem o papel do AS para o arquivo 56!
Pesarosas e demagogas não deixam de ser as apreciações feitas
por alguns “profissionais” da política sobre o Assistente Social e o próprio serviço
social em si, organizando planos maquiavélicos para que o Serviço Social seja
avaliado de uma forma dúbia e de conveniência às intenções dos “reguladores” os
mesmos que se intitulam beneméritos na sua acção social e que defendem e praticam
o assistencialismo de conveniência assente no pilar do coitadinho!
Tomar as rédeas, urge! Mostrar a nossa capacidade organizativa
é emergente!
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