sábado, 8 de agosto de 2015

SERVIÇO SOCIAL, O INCOMODO DE MUITAS PROFISSÕES - PROFISSÕES COM “PERNINHA DE ASSISTENTE SOCIAL”

Vitor Bento Munhão - Assistente Social
Perspectivas contrastadas na opinião dos profissionais e que cada vez mais demonstram o desânimo e desmotivação provocado pelo desinteresse dos governantes no reconhecimento da regulamentação da classe. Tornando cada vez mais provocatório a actuação de alguns profissionais que se assumem como Assistentes Sociais, sem o serem! É fácil concluir que, das duas uma ou muitos sonham num futuro profissional como Assistentes Sociais ou não acreditam nas suas licenciaturas, o que ainda acho mais grave.
Cada vez mais renovada, fruto da ausência de regulamentação, muitos assinam um diagnóstico social ou fazem um encaminhamento assumindo-se como ASSISTENTE SOCIAL, como se de um mero acto de atender o telemóvel se trata-se.
É estranho os governantes, em especial a actual Aliança que chumbaram a constituição da OAS continuarem a observar de balcão a promoção da desordem profissional, motivando o desrespeito pela profissão e pelo profissional de serviço social, remetendo-o a uma insignificância assustadora, junto do público-alvo, o cidadão. Não podemos continuar a ignorar a miscelânea de competências que nada têm a ver com a acção do AS, profissões criadas com um propósito muito específico, rentabilizar escolas com ideias em nada dignificantes. Profissões que agarraram com unhas e dentes a área do serviço social, como é o caso da Enfermagem Social, Psicologia Social entre outras, onde se imiscuem com uma preparação académica mínima e algumas sem qualquer fundamento ou conhecimento real da actuação no terreno.
Situação que obrigatoriamente temos que perceber a percentagem da (des) empregabilidade da profissão que cada vez mais aumenta, constituindo-se como razões mais que obvias e contraditórias da veracidade invocada pelos governantes quando vez se observa uma contenda de números que em nada são reais. Brinca-se com os números, encomendam-se estatísticas que desumanizando o serviço social, transportando-o para o patamar do surreal.
É gritante quando oiço cada vez mais os colegas de profissão que aguardam a derradeira carta de despedimento para serem permutados por (in) competências académicas legalizadas por lobbys constituídos por quem deveria ensinar a arte do Social ou pela regência que deveria regulamentar a profissão para defesa da pessoa, do cidadão ou, dirigentes institucionais que numa total insipiência intencional remetem o papel do AS para o arquivo 56!
Pesarosas e demagogas não deixam de ser as apreciações feitas por alguns “profissionais” da política sobre o Assistente Social e o próprio serviço social em si, organizando planos maquiavélicos para que o Serviço Social seja avaliado de uma forma dúbia e de conveniência às intenções dos “reguladores” os mesmos que se intitulam beneméritos na sua acção social e que defendem e praticam o assistencialismo de conveniência assente no pilar do coitadinho!
Tomar as rédeas, urge! Mostrar a nossa capacidade organizativa é emergente!

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