segunda-feira, 1 de junho de 2015

COMENTÁRIOS (DES) ENTENDIDOS - A FOME DE MUITOS E O LUCRO DE ALGUNS

Vitor Bento Munhão - Assistente Social 

Campanhas alimentares contra a fome, nos dias que correm são predicado de alguns supostos Mecenas vindos de Bruxelas. Gostaria de perceber alguns “activistas” laureados quando conhecidamente e de uma forma enaltecedora do seu ego proferem comentários impróprios e descabidos do actual contexto social, generalizando tudo e todos.

Quando os tais “empreendedores” premiados com prémios em prol da dignidade da pessoa humana ou o Prémio D. Antónia, emitem comentários despropositados e que deixam a grande maioria dos Assistentes Sociais envergonhados, pergunto afinal de contas o prémio refere-se ao quê e porquê? Quando afinal de contas os “desempregados” até estão bem na vida porque passam o tempo de papo para o ar e online lá pelos lados dos facebook.  

Os profissionais de serviço social percebem muito bem a tipologia de comentários proferidos por alguns “ídolos” do voluntariado que permite a participação de menores, ao contrário da legislação não percebendo o porquê da generalização desses comentários que no mínimo são opressivos da tal dignidade humana defendida pela Sr. Presidente.

É sabido da sociedade o valor e importância social do banco alimentar contra a fome, que na sua essência e espirito é um projecto valiosíssimo como “motor de arranque” e de sustentabilidade supostamente temporária de quem se observa numa situação que talvez nunca se imaginasse. No entanto o oportunismo de alguns deixa muito a desejar e todos percebem do que se fala mas não faço a generalização de todos os voluntários ao contrário da Sra. Presidente do Banco Alimentar que e quase sempre de forma descabida faz a tal disseminação que todos padecem do mesmo mal.

Sendo assim coloco uma questão que do meu ponto de vista faz todo o sentido, porquê fazer campanhas de angariação de alimentos na porta do hipermercado? Quando sabemos o rendimento que é “pago” aos grandes grupos e que por indissociabilidade dos impostos em vigor, também o Estado lucra com a “fome” de muitos!

Uns afirmam que “só passa fome quem quer”, outros que o “desempregado passa o tempo todo no facebook”!

Apenas lamento que alguns estejam no local errado e há hora errada!     

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