Assistente Social / associate of Associação dos Profissionais de Serviço Social / Associate of British Association of Social Worker / Associate of World Council of Enterostomal Therapists / Social Worker Expert in Ostomy Community
Durante anos foi desenvolvida uma luta pacífica, ética e de
responsabilidade social por diversas entidades sociais e representativas do
ostomizado, no sentido de proporcionar um conhecimento dos seus direitos, em
especial do direito da livre escolha do seu dispositivo e em grande parte com a
ajuda do profissional de enfermagem, do dispositivo que melhor se adequa ao seu
estoma. Um direito que não é alienável do ponto de vista dos direitos do doente
e da pessoa.
No entanto os grandes grupos económicos lutam sem qualquer preocupação ou
escrúpulos, pensando única e exclusivamente do ponto de vista financeiro.
Hoje somos confrontados com a imposição de usar o dispositivo que o
fabricante ou farmacêutico quer utilizando as necessidades e o desespero do
Ostomizado como arma a favor do seu negócio.
Começar o dia com telefonemas de indivíduos ostomizados que se
deslocaram à farmácia para adquirir o dispositivo da marca X e são obrigados a
levar a arca Y porque o farmacêutico afirma que a marca que o cliente tem por
hábito usar está esgotada é de lamentar. De facto o produto não se encontra de
forma alguma esgotado mas, sim é levada a cabo uma campanha camuflada e desleal
para com a pessoa ostomizada.
Sabe-se em concreto que ostomizados com mais de 10 anos de utilização de
uma determinada marca, estão a ser obrigados a mudar sem qualquer aviso prévio ou
aconselhamento de enfermagem para uma mudança radical do seu dispositivo.
Outros obrigados a pagar o valor global do produto, condição que não se lembra
na história dos direitos do ostomizado desde 1995 e mais tarde serem reembolsados
porque a receita está mal passada ou a farmácia não foi informada da nova legislação.
Mas, mais grave passa pelo facto de deixar de ser necessário a colocação
na receita do CNP (Código Nacional do Produto) depois de tanta imposição por
parte do INFARMED e ao contrário do que obriga a nova legislação, situação que
permite ao farmacêutico e grupo económico, gerir a seu belo prazer o que quer
que o ostomizado passe a usar.
Estranho o facto de alguns profissionais de enfermagem afirmarem que
tudo está a correr muito bem, será mesmo que sabem o que se está a passar? Será,
que o trabalho de investigação que desenvolveram durante anos é pura e
simplesmente eliminado e substituídos por uma área que nem sabem muito bem o
que é uma ostomia de eliminação, como é o caso dos distribuidores e farmacêuticos?
De facto o que tenho vindo a defender, começa a destapar-se e a mostrar
de facto a verdade de um negócio que rende milhões para grupos e perde o respeito
pela condição física, emocional da pessoa Ostomizada!
Apenas se vislumbra uma solução que passa pelo demonstrar junto dos ditos
decisores, quem são os ostomizados!
O Ostomizado é um cidadão de pleno direito!
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