Escolher uma profissão com
futuro em Portugal é desde há muito tarefa difícil ou quase impossível, a não
ser que sejamos conhecedores do “Cunha”. Terminar uma licenciatura e perceber que
ao fim de alguns meses afinal de contas somos Assistentes Sociais para constar
das estatísticas de desemprego do IEFP e retiradas sorrateiramente sob a figura
dos estágios emprego, durante 9 meses.
A coragem de muitos assistentes
sociais portugueses, deixando amigos, a família e em algumas situações de maior
complexidade, os filhos na procura de uma vida condigna, onde o respeito
profissional está presente nas políticas públicas e sociais, oportunidades realmente
efectiva além-fronteiras.
Portugal pelo contrário desconsidera
cada vez mais a profissão, levando a profissão para a total desregulação e ao
aumento desmedido da taxa de desemprego que, não deve estar muito longe dos 33%
se falarmos num universo de 15 mil profissionais o que anda na ordem dos 4 a 5
mil desempregados.
Inglaterra possui uma taxa de
desemprego na profissão muito próxima dos 0,0% considerando que o serviço
social é uma das profissões com o maior número de profissionais registados
próximo dos 100 mil no HCPC e cerca de 98 mil na (BASW) British Association of
Social Workers.
Perante a inercia propositada e
o continuar da descaracterização e aumento do desemprego em Portugal o número
de assistentes sociais que procura trabalho neste país sobe exponencialmente,
verificando-se no último trimestre de 2015 através da TMI UK, 6 assistentes
sociais portugueses no (hcpc) Health and Care Professional Council 2016, 35
profissionais e no primeiro mês de 2017, 18 assistentes sociais portugueses e 3
espanhóis e 3 italianos num total de 24, com uma taxa de empregabilidade na
ordem dos 82% claro está, dependendo da experiencia e elaboração do cv onde as
key skills e o inglês são vitais para obter uma boa posição laboral.
O facto de alguns dos 285 Councils
do Reino Unido em especial aqueles com maior número de emigrantes portugueses
registados, requererem assistentes sociais portugueses é prova evidente da
procura da excelência não só profissional mas também humana através dos
profissionais portugueses. Perante estes factores, é mais que manifesta a
diferença e importância entre a profissão em Portugal, onde o remeter para
plano terciário é total, e Inglaterra que de uma forma ou de outra promove a
profissão do ponto de vista da dignidade e dos seus direitos sociais, pagando
uma média de £28/hora nas entidades ditas, públicas.
O número de vagas disponíveis para
Assistentes Sociais (registados na entidade reguladora) ronda as 4.125 mil,
sendo Serviço Nacional de Saúde Britânico (NHS) com 1.236 mil e restantes
distribuídas pelas Local Authoritys, Councils, e/ou Charities +/- 3.000. Contudo
nem tudo corre assim com relativa facilidade pois o exercício da profissão
obriga ao registo na entidade reguladora britânica que funciona como uma “ordem
profissional” apenas que esta entidade regula 16 profissões e é neste nível que
um processo bem organizado ganha tempo e dinheiro.
Estima-se que actualmente estão
registados no hcpc aproximadamente 98 assistentes sociais onde cerca de 71,
exercem a profissão e antevendo-se um aumento na ordem dos 250 durante 2017.
Talvez seja por estas características
humanizadoras que em breve será publicamente anunciado o nome de uma jovem colega
portuguesa que foi agraciada em 2017 pela Rainha Elizabeth, face ao trabalho
desenvolvido junto da comunidade mais jovem e carenciada.
Que tal uma experiencia na área social na CICD-África e Índia, através da Humana People To People.
ResponderEliminarMaiores informações link : https://joincicd.co.uk/
https://medium.com/@lucimazera/cicd-college-for-international-co-operation-and-development-8cc184464991
somente como voluntario??
EliminarComo participar
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