Perceber as dificuldades físicas, emocionais e
financeiras de um individuo ostomizado é algo que vai além da compreensão dos
governantes e talvez da própria sociedade em geral. Nos últimos anos algumas
Instituições de Solidariedade percebendo a ausência de reposta técnica e social
nesta área, empenharam-se na constituição de respostas de qualidade dedicadas
ao ostomizado e sua família. Respostas que sustentadas não só no trabalho
profissional do ponto de vista técnico ma, acima de tudo humano. Instituições
que abraçaram uma causa, sem que para isso recorressem a subsídios ou outro
tipo de apoio estatal.
Falamos de
instituições inseridas em meio hospitalar ou não que se empenharam no
acolhimento dos portadores desta condição física onde em muitos casos não
existia uma resposta adequada, quer do ponto de vista estrutural de uma unidade
hospitalar ou de um centro de saúde.
Criaram condições
organizacionais e estruturais autónomas promotoras da qualidade de vida da
pessoa ostomizada.
Não se discute a UNIFORMIZAÇÂO das regras de reembolsos,
onde as farmácias passam a integrar o sistema de reembolso dos dispositivos
médicos para ostomia ou outras entidades prestadoras de resposta social na área
da ostomia mas sim, mais uma vez a tentativa de bloqueio da acção social e
logística praticada por algumas instituições de solidariedade desde 1998 por
parte do Partido Socialista, tendo sido a primeira, tentado no mandato do Eng.
José Sócrates (2009) ao tentar bloquear os reembolsos constantes no Despacho
25/95 e agora a instabilidade mais uma vez provocada pelo mesmo partido ou
coligação como lhe queiram chamar. Instituições que repito, sempre se
abstiveram do recurso a subsídios estatais e que nunca deixaram de prestar a
devida resposta de qualidade aos seus utentes. São instituições de
solidariedade que não têm milhões a render nos bancos mas sim contas para pagar
aos seus fornecedores.
É certo que o
Despacho 25/95 já deveria ter sido substituído nem que fosse pela designação
figurativa de escudos para euros e dado lugar a novas medidas de apoio
nomeadamente o aumento da comparticipação ao ostomizado de igual forma a outros
países europeus, a reestruturação da rede de consulta hospitalar especializada
e centro de saúde, etc. Efectivação dos direitos do ostomizado,
consubstanciados em legislação e controlo por parte do estado
Mais uma vez a
ausência de uma visão estratégica e acima de tudo fiscalizadora por parte do
Estado ou digamos Governo, do ponto de vista social e logístico, leva a que a
algumas entidades de solidariedade se mostrem preocupadas não só com o seu
futuro mas, também com o futuro da qualidade de vida dos ostomizados, lutando cada
vez mais contra um Lobby instalado há muito por algumas marcas de dispositivos médicos
em Portugal. Onde é óbvia a familiaridade com algumas profissionais de
enfermagem, ditas especialistas na área da estomaterapia sendo a sua acção óbvia
e comprometedora do que se possa considerar ética e deontologicamente correcto
quer do ponto de vista profissional ou social.
Compete às
instituições representativas da pessoa ostomizada tomar uma posição de defesa
dos seus direitos, mais agressiva não permitindo a continuidade de um jogo que
decorre dos apetites sagazes de um determinado grupo económico.
(esta reflexão em nada espelha opiniões institucionais ou
pessoais de terceiros, unicamente do seu autor e assentes no conhecimento
prático desenvolvido no campo social da Ostomia)
Boa tarde. Gostaria que me apresentasse a definição de Expert in Ostomy Comunity, do qual se apelida ser.
ResponderEliminarObrigado
Boa tarde
ResponderEliminarIdentificando-se, terei todo o prazer em prestar-lhe o esclarecimento solicitado. Disponha