Cerca de 33%
ou mais de profissionais do Serviço Social no desemprego, não contando com os
que e por opção, não efectuaram a sua inscrição no IEFP. Infelizmente, dessa
percentagem são muitos os que sobrevivem em posição complicada, com Rendimento
Social de Inserção, Subsidio de Desemprego ou sem qualquer tipo de apoio porque
o sistema social português não o permite.
Todos nós
sabemos que o grande número no activo se encontra em funções no dito Terceiro Sector,
o tal do privado e em grande número, julgando-se números acima dos 60% ou mais dos
cerca de 17 ou 18.000 e em condições contratuais que deixam muito a desejar,
executando muitas vezes tarefas que não lembram ao diabo mas apenas porque o
responsável institucional assim o entende! Assistentes Sociais, que engrossam
as fileiras de um exército que luta em silêncio para manter os princípios
éticos e deontológicos da profissão promovendo a defesa dos direitos e da
dignidade da pessoa humana, muitas vezes colocando a sua própria
sustentabilidade profissional ou familiar em causa.
Sinto-me
revoltado! Quando observo colegas que sobrevivem com aquilo que identificamos
como “esmolas” ao pobrezinho, onde Estado lhes nega o apoio social. Homens e
Mulheres que nos piores momentos da vida de um país deram todo o seu
conhecimento prático e teórico deram os melhores anos de suas vidas em prol da
profissão envergando a camisola, como se da sua vida se tratasse.
Assistentes
Sociais que defenderam e apoiaram instituições, pessoas, famílias e onde a
Sociedade, naquele momento mais difícil lhes virou as costas negando-lhes a sua
granjeada salvaguarda social negando-lhes um direito, uma obrigação do Estado!
A Associação
dos Profissionais de Serviço Social e o Sindicato Nacional dos Assistentes
Sociais, duas figuras jurídicas em tudo diferentes na sua finalidade social
mas, que em muito lutam por um mesmo objectivo, a Ordem dos Assistentes Sociais, devem constituir-se na minha opinião
como forças activas e parceiras numa luta que se conjectura dura e
emocionalmente desgastante mas, sem a participação dos milhares de
profissionais será uma luta inglória!
Escrevo estas
palavras com mágoa e tristeza por observar cada vez mais colegas, profissionais
Homens e Mulheres que foram remetidos para um plano de “descontinuidade” como
se de electrodomésticos se tratasse!
Permitam-me
alterar a célebre frase de Sir Winston Churchill
“Nunca antes no campo dos conflitos da
sociedade, tantos deveram tanto a tão poucos”
(Esta
reflexão em nada reflecte opiniões institucionais, politicas ou religiosas)
temos visto varias postagens de empregos de auxiliar do assistente social, educador de serviço social, orientador de serviço social, encantador de serviço social, e por ai, p. trabalhar 8 horas diárias, por um salario misero.
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