Chegou o tão esperado período natalício, época tão ansiada pelos mais
pequenos e o momento da libertação linguística dos que se julgam mais
inteligentes, os donos da sapiência e do poder da humilhação.
Mais uma vez e começando a ser apanágio ouvir neste período o comentário
de tão ilustres figuras como é a presidente do Banco Alimentar e aos quais me
parecem aqueles programinhas televisivos com chamada de valor acrescentado mas,
que não deixa de fazer valer os seus peditórios anuais fazendo figura elevatória
da sua pessoa como personagem relevante da nossa sociedade!
Ora bem se não existissem as redes sociais poucos saberiam da tão
importante opinião desta celebridade importantíssima
da nossa sociedade ou muitos não se apresentavam como voluntários, incluindo os
mais jovens de 14 anos, como é usual nas suas campanhas apesar da legislação
apenas permitir o exercício do voluntariado a partir dos 18 anos inclusive. No entanto
não discuto o incutir de valores nos mais jovens através de acções beneméritas
talvez a lei tenha que ser alterada, digo eu!
Certo é que e afirmo
o mesmo que disse em 2016 se esta senhora, tivesse a oportunidade de comandar
um país, todos seriamos voluntários e sem acesso a redes sociais ao contrário
do que é incentivada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional quando fomenta
o desempregado na procura online das supostas muitas oportunidades de emprego, afinal
como ficamos?
Será que a
condição de desempregado é obrigação de clausura ou castidade? Ou vai-me dizer
que ao oferecer-se como voluntário no dia seguinte está empregado no Banco
Alimentar ou é director de produção em alguma rede televisiva? A senhora é
voluntária? Muitas dúvidas! Ao contrário dos seus colegas espalhados por outros
países do globo como é por exemplo o caso britânico ou alemão onde é proibido
por lei excepto as custas de transportes ou os seguros de acidentes que são
pagas pelas autarquias ou Estado.
Certo é que as esmagadora
maioria das instituições de solidariedade como a “sua” vivem do trabalho
voluntário divulgado nas redes sociais, doações de bens por parte dos particulares
e empresas para mais tarde e dou sempre este exemplo factual desde 2010, fazer
a entrega de uma “cabaz de Natal” para um agregado com menor, composto por 1
garrafa de Guaraná, 2 pacotes de arroz e 1 de concentrado de tomate observando-se
após a época festiva contentores repletos de bens alimentares, que supostamente
ultrapassaram o prazo de validade.
Entendo que a sua
iniciativa apesar de tudo é meritória promovendo para centenas de agregados
algum aconchego alimentar no entanto deveria começar a ter não só consideração
mas, acima de tudo respeito pela pessoa humana, seja ela qual a sua índole ou
condição social. Nem todos têm uma rede televisiva como suporte se alguma coisa
correr mal ao contrário de muitas IPSS, que se vêm rodeadas de inúmeros obstáculos,
alguns deles até provocados pelas suas decisões
Não me ampliando
mais, apenas deixo uma questão e que passa por perguntar se tem conhecimento do
número de Assistentes Sociais desempregados que tem nas suas linhas de preparação
e separação de produtos em Lisboa? Consegue emprega-los? Parece que não lhe
convém ou não interessa saber. Faça esse levantamento e fica logo a perceber o
que fazem as redes sociais pela positiva, porque pela negativa já a senhora fez!
Aproveito para
lhe desejar antecipadamente as melhores festas natalícias possíveis enviando um
pedido pessoal ao Pai Natal para que lhe ofereça alguma boa educação e bom
senso nos seus comentários!
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